The Spirit 1

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Impossível escapar à sombra de Will Eisner, seja qual for o enfoque escolhido pelo seu sucessor, mais fiel ao original ou numa releitura livre. A opção de Cooke foi fazer o seu Spirit sem tentar emular o estilo do velho mestre. Essa atitude tem pontos positivos e negativos, mas o resultado final não é ruim. Cooke atualizou o personagem e o cenário ao seu redor, trazendo-os para um mundo moderno com canais de notícias na TV, computadores e telefones celulares. Com isso, o próprio Spirit sente-se meio deslocado, bancando o detetive à moda antiga que ainda investiga arquivos em papel. O ponto negativo é que fica claro como o estilo de desenho e de narrativa de Will Eisner eram importantes para o personagem. As poses e expressões faciais bem trabalhadas eram um elemento importante da caracterização dos personagens por Eisner, enquanto Cooke tem um desenho bem mais regular e contido. Outra diferença marcante é o uso dos enquadramentos. Cooke é completamente conservador nesse quesito e dá a impressão de que as histórias do Spirit perdem aquele clima despojado que as composições de páginas ousadas de Eisner tinham. O Spirit de Cooke ainda é um personagem interessante, as histórias são bem construídas, mas lhe falta aquele o algo mais que os clássicos têm. O artista tenta compensar isso explorando novos olhares sobre os personagens, como na “origem” da vilã P’Gell. Mas, independentemente dos esforços de Darwyn Cooke para superar o estigma de suceder o maior quadrinhista de todos os tempos, a revista é uma leitura prazerosa e com um desenho bonito, que vale a pena ser conferida.